terça-feira, 17 de junho de 2008


Casamento, trabalho e maternidade de Fernanda Takai

“Acredito que as dificuldades e benefícios sejam bem parecidos para todo mundo. Não é por eu ter uma carreira artística que fica menos humano...” Essa é a opinião de Fernanda Takai, vocalista da banda de pop rock Pato Fu, sobre as dificuldades e os prazeres de conciliar casamento, trabalho e maternidade. Ela lançou recentemente um CD solo, realiza divulgação de seu livro e consegue cuidar bem de sua filha. A cantora concedeu entrevista para a Revista Universo e fez declarações engraçadas e surpreendentes.



Veja a Entrevista na Íntegra aqui



UNIVERSO - Seu atual trabalho tem enfoque em Nara Leão. Você teve alguma surpresa ao escolher as músicas? Surgiu alguma canção do repertório de Nara que você não conhecia?
Fernanda Takai - Eu conhecia muita coisa da Nara, mas pra escolher o repertório do disco, fui atrás de toda a discografia, raridades etc. A gente quis mostrar um pouquinho de todo o universo que Nara gravou pela diversidade de autores e escolas estéticas. Me surpreendi com a amplitude dele. Eu já achava o repertório dela muito bom e vasto, mas ouvindo tudo em seqüência, percebi que é uma verdadeira aula de música brasileira.



UNIVERSO - A escolha de uma mulher para lhe acompanhar na bateria foi proposital ou deveu-se somente pelo bom trabalho dela?
Fernanda Takai - Chamei especificamente a Mariá porque precisava de um músico que cantasse muito bem também. No disco gravei todos os vocais e queria que alguém fizesse alguns deles ao vivo nos shows. Gosto muito do jeito que ela canta e toca. É uma das pessoas mais talentosas que conheço, além de ser uma ótima companhia.



UNIVERSO - Você tem fama de gostar de tietar seus artistas favoritos. Em alguma situação este rótulo lhe incomodou?
Fernanda Takai - Não, pelo contrário. O público e jornalistas gostam de saber que a gente também é fã de outras pessoas e tem os mesmos impulsos humanos. Quando gosto de alguém e tenho a oportunidade de expressar isso, faço sem o menor problema.



UNIVERSO - Algum fã já foi inconveniente ao tentar lhe pedir fotos ou autógrafos?
Fernanda Takai - Nada que fosse absurdo. Quer dizer, tem um pedido muito estranho que não posso contar aqui porque vai virar um texto meu, escrevo contos e crônicas regularmente... Na maioria das vezes, é só ter boa vontade. Tem artista que não gosta disso em nenhuma ocasião, mas eu fico feliz em poder atender as pessoas.



UNIVERSO - A opção por deixar o violão e ficar solta no palco foi inteiramente sua? Ao apresentar-se pela primeira vez dessa maneira qual foi a sensação?
Fernanda Takai - Acho que eu canto melhor quando não estou tocando. É bom ficar livre no palco depois de 15 anos me apresentando de determinada maneira. Acho que tem sido bem bacana. Ter um instrumento em mãos te dá uma sensação de companhia, de ter algo com o que interagir, mas não tê-lo, te dá outras possibilidades.



UNIVERSO - Nos shows de sua turnê solo aconteceram situações engraçadas ou inusitadas? Quais?
Fernanda Takai - Recentemente num show em Porto Alegre, mas com o Pato Fu, cada integrante da banda tinha uma lista de show diferente. Foi engraçado porque tinha música que era pra eu tocar violão e estava com a guitarra. Outras que o teclado devia começar, mas entrava o baterista... agora no meu solo tem sido quase tudo normal...





UNIVERSO - Você realizou viagens recentes ao Japão. Algum valor, artístico ou espiritual, foi adquirido neste período?
Fernanda Takai - Eu sempre admirei o país e ter estado lá reforçou isso. Sou sansei por parte de pai, então convivo com a cultura desde pequena, mesmo que de uma forma um pouco diluída. Eu sou uma pessoal muito cética, mas tenho especial respeito pelos budistas.


UNIVERSO - O estuda do idioma japonês foi por obrigação ou curiosidade?
Fernanda Takai - Por vontade de aprender mesmo. Fiquei um pouco desapontada comigo mesmo quando percebi que poderia ter aprendido quando era pequena. Faz pouco mais de um ano que tenho estudado e tem sido maravilhoso. Minhas sensei (professoras) entendem essa correria que é a minha vida e fazem um horário bem flexível pra mim.


UNIVERSO - Qual a principal dificuldade e qual o principal benefício de conciliar a maternidade, a carreira e o casamento?
Fernanda Takai - Muita gente tem que conciliar isso em diversas profissões diferentes. Acredito que as dificuldades e benefícios sejam bem parecidos para todo mundo. Não é por eu ter uma carreira artística que fica menos humano... Quando a gente consegue que todos esses lados sejam bem sucedidos é uma grande realização.


UNIVERSO - Depois da gravidez quais transformações você sentiu no corpo e no espírito? Era difícil cantar na gestação?
Fernanda Takai - Fiz turnê até os 7 meses e meio. O que me incomodava era o transporte, viajar com barriga grande. Cantar foi bom. Eu acho que não me transformei tanto assim. Só o fato de ter sido irmã mais velha, me preparou bem para cuidar de outras pessoas. Eu ajudava muito minha mãe, sempre fui muito responsável. Hoje canto melhor que no passado, mas não necessariamente por ter sido mãe.


UNIVERSO - O seu site (
http://www.fernandatakai.workpress.com/) está extremamente caprichado. Você participou da construção dele?
Fernanda Takai - Quem construiu o site foi o John, eu cuido de sua atualização. As pessoas têm ali as notícias diretamente de mim. É uma página simples, mas bem cuidada.


UNIVERSO - Fernanda, quais os próximos passos de sua carreira e do Pato Fu?
Fernanda Takai - Concluir as duas turnês em que estou até 2009, divulgar mais o meu livro, cuidar bem da Nina, me cuidar pra conseguir dar conta disso tudo! : )




Fernanda Takai

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